Filósofo darwinista propenso fundamentalmente às realidades menos alegres da vida, Schopenhauer dá-nos uma visão redutora, mas autêntica da condição da mulher no início do séc. XIX. Marcado pela péssima relação com a sua mãe e pelo insucesso com as mulheres por um lado e impelido pela ânsia de profundidade e saber por outro, define-se como um solitário e como tal assume o seu descontentamento e critica as formas de relação do casamento ocidental e o início legislativo da condição igualitária entre os sexos. Estas suas reflexões, apesar da descontextualização actual, merecem particular atenção enquanto retrato social e ideológico de uma época.