O Absoluto que Pertence à Terra
Se a desmedida é o traço que, absorvendo todos os outros, marca o rosto de qualquer herói, entre os modernos esse traço conheceu uma fixação inédita: a inactualidade, uma forma de inadaptação engendrada pelo litígio, entre um historicismo sem freio e...
Saiba maisDescrição
Se a desmedida é o traço que, absorvendo todos os outros, marca o rosto de qualquer herói, entre os modernos esse traço conheceu uma fixação inédita: a inactualidade, uma forma de inadaptação engendrada pelo litígio, entre um historicismo sem freio e o desejo torturante de fazer frente ao dia, de recolher as suas cinzas. A cidade já não pode cantar os seus heróis. Encontramos em Hermann Broch um caso particular de inactualidade, que se apresenta na sua expressão mais exacta e concisa como "o absoluto que pertence à terra" ("das irdisch Absolute"). Trata-se de, habitando a terra, converter o peso, a impenetrabilidade, a dureza, a transparência, que cabem aos homens que a habitam, em reflexo transcendente, desde os movimentos que as pernas fazem ao subir para o estribo de um comboio aos jogos nocturnos do insone.
Detalhes
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Autor:
Maria Filomena Molder -
Editora:
Edições Vendaval -
ISBN:
9789729918599
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Edição:
01-2006
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Páginas:
188
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Idioma:
Português