Platão Absconditus

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Platão pode ser considerado o «pai» da filosofia política, na medida em que tenta submeter a experiência e a teoria política dos estadistas e dos cidadãos, já antes transmitida pelos retóricos e sofistas de maneira moralmente indiferente, ao arbítrio...

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Descrição

Platão pode ser considerado o «pai» da filosofia política, na medida em que tenta submeter a experiência e a teoria política dos estadistas e dos cidadãos, já antes transmitida pelos retóricos e sofistas de maneira moralmente indiferente, ao arbítrio de um critério mais elevado, a justiça. As suas obras mais famosas e mais longas têm títulos que indicam claramente a sua intenção política, e.g. Politeia (i.e. O Regime), normalmente conhecida como República, ou as Leis. Embora a maioria dos outros escritos tenha títulos ambíguos, geralmente nomes próprios, como Fedro ou Críton, que não permitem adivinhar antecipadamente o assunto, há vários outros diálogos e cartas que têm igualmente títulos que evocam temas políticos: o Estadista, Apologia (uma defesa pública de Sócrates em tribunal), a Oração fúnebre (um elogio de Atenas e dos homens caídos em combate), Laques (um conhecido general), Clitofonte (um político), Minos, um legislador lendário, etc.. No entanto, a maioria dos estudiosos tem dificuldade em considerar Platão principalmente como um pensador ou filósofo político, pois nenhuma das suas obras deixa de abordar muitas outras questões, como a educação, a poesia, a piedade, a psique ou alma, a excelência humana ou virtude, etc. Se estas são teorias que encontramos nas maiores obras de Platão, que levaram provavelmente anos senão decénios a completar, a maioria dos diálogos que nos chegaram com o seu nome são relativamente breves. Por vezes apenas quatro ou cinco páginas da edição de Estienne, muitas vezes pouco mais que uma dezena de páginas e, como regra, raramente mais de sessenta páginas, mesmo nas obras mais conhecidas. Só o Górgias, a República e as Leis excedem em muito esta dimensão. Infelizmente a maioria destes diálogos não teve nunca tradução directa para português, nem mereceu a atenção dos académicos. É essa lacuna que este livro se esforça por colmatar, com breves ensaios interpretativos que fazem uma apresentação do estado da questão nos estudos ¿lológicos e críticos recentes sobre esse Platão desconhecido ou escondido.

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