Biocapitalismo (EBook)

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Antonio Negri tem tentado reinventar a política, sobretudo a prática das esquerdas, introduzindo e repaginando uma série de conceitos. Não por acaso, este livro, editado por Adrián Cangi e Ariel Pennisi, vem de uma obra compilada na Argentina: a escuta...

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Descrição

Antonio Negri tem tentado reinventar a política, sobretudo a prática das esquerdas, introduzindo e repaginando uma série de conceitos. Não por acaso, este livro, editado por Adrián Cangi e Ariel Pennisi, vem de uma obra compilada na Argentina: a escuta que Negri encontra na América Latina é particularmente grande. Temos muito a dialogar com sua obra.A crise (endêmica) econômica, misturada à crise da representação política, tem provocado uma nova onda de ocupações do espaço público na América Latina e pelo mundo afora. O Estado, como agente do capital financeiro, tem tido dificuldades em enfrentar essas novas ondas que emanam do que Negri, com Spinoza, chama de manifestações da "multidão".Essa categoria política não tem nada a ver com a de "massas", que esteve, no século XX, no centro dos fascismos.Para Negri, na era do biopoder, encarnado no que ele denomina de biocapitalismo, deve-se inventar a biopolítica. As lutas operárias obrigaram o capital a se deslocar cada vez mais para a administração da vida, da saúde, da educação, da velhice, consolidando o Estado/assistente (também em vias de dissolução...).Mas existe uma reserva de re­sis­tência que se manifesta na construção da multidão, não como sujeito político tradicional, mas como fonte de articulação de desejos represados, de demandas de minorias e de diversos grupos díspares, mas unidos na ocupação e construção de um espaço de resistência, do comum, como instância de ruptura e de emancipação.Negri descarta a ideia de construção de uma sociedade pós-histórica, final: ele sabe que a força da multidão vive de suas divisões e conflitos. Com Spinoza, ele afirma a democracia como um espaço de embates, de tensões e não de uma artificial e violenta imposição da ordem.

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