Economia para Todos - Que não Nacionalize o Sucesso e Privatize o Sofrimento

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Uma sociedade mais plural em virtude da multiculturalidade decorrente dos fluxos migratórios e da transformação das relações entre as pessoas, desde as famílias monoparentais ao crescimento do número de pessoas que vivem sozinhas por opção própria, é...

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Descrição

Uma sociedade mais plural em virtude da multiculturalidade decorrente dos fluxos migratórios e da transformação das relações entre as pessoas, desde as famílias monoparentais ao crescimento do número de pessoas que vivem sozinhas por opção própria, é também uma sociedade onde a diferenciação dos riscos sociais exige uma pluralidade de respostas que se dirijam efectivamente às condições dos seus destinatários, mas é também uma sociedade onde se torna necessário construir um "fio condutor", uma narrativa sobre a sua própria solidariedade entre grupos diferenciados e entre gerações. Nesse plano, o valor central e unificador tem que ser assumido pelo reconhecimento de uma cidadania activa e plena tanto no plano da lei como no plano das práticas sociais.Ora, uma cidadania assim reconhecida e vivida não pode apresentar-se como credível enquanto fundamento legitimador da solidariedade e da coesão social se não for acompanhada quer de medidas efectivas de promoção da igualdade de oportunidades quer de medidas de combate às discriminações. Neste domínio temos muitas vezes a tentação de nos contentarmos com a adopção de soluções legislativas que nos aquietam a consciência mas que muitas vezes têm pouca correspondência com a realidade vivida. Assumimos que o povo português "não é racista" e a lei contém um conjunto de preceitos que punem as práticas de discriminação fundada na raça ou na xenofobia. Mas todos temos consciência de que em sectores sensíveis, do mercado habitacional até ao funcionamento de certos serviços públicos, existem práticas reiteradas de discriminação racista, muitas vezes discreta e pretensamente suave, mas no fundo marcada por uma lógica brutal de apartamento e de marginalização.António Vitorino - In Introdução

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