Os Novos Movimentos Sociais e os Media

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Quando recentemente jovens de uma associação ecológica invadiram um milheiral em protesto contra a introdução de organismos geneticamente modificados, qual foi a impressão causada nos media e na opinião pública? Lançou o debate sobre os perigos das culturas...

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Descrição

Quando recentemente jovens de uma associação ecológica invadiram um milheiral em protesto contra a introdução de organismos geneticamente modificados, qual foi a impressão causada nos media e na opinião pública? Lançou o debate sobre os perigos das culturas e da alimentação geneticamente modificada, para a saúde e biodiversidade? Ou o que se reteve foi a invasão e destruição de propriedade privada? É só através da violência que as mensagens dos novos movimentos sociais saltam para a agenda mediática? Mas, por outro lado, não acontece que o uso da violência turve e obscureça a mensagem que se pretende passar? Este é o conflito em análise no livro Os Novos Movimentos Sociais e os Média. Novos movimentos sociais - de cariz ecológico, ou social, de defesa dos direitos humanos, ou de outro âmbito - recebem a designação generalista (e imprecisa) de "Movimentos AntiGlobalização". Para os Media é um desafio novo abordar as acções destes movimentos, obtendo um retrato relativamente fiel da sua realidade. E para estes, é-o o de conseguir passar a imagem pretendida. Como acontece este complexo equilíbrio de forças contraditórias? Ana Isabel Cabo foi saber isso através de um estudo de análise de cerca de duas centenas de notícias publicadas no jornal Publico ao longo de um período de quatro anos (1999-2003). Os resultados são surpreendentes… Quando um jornal faz manchete com a morte de um jovem durante os confrontos entre a polícia e Movimentos Antiglobalização, ou quando rádios e televisões abrem os blocos informativos com esta mesma notícia, que imagem pública fica daqueles movimentos? Provavelmente uma imagem de incitação à desobediência e ao conflito. Mas estes movimentos também sabem que este poderá ser o preço a pagar para garantir o preenchimento dos critérios de noticiabilidade. Os Movimentos Antiglobalização estariam assim dependentes do poder dos media para que as suas iniciativas pudessem brilhar num espaço público cada vez mais mediatizado. Foi esta relação de aparente desequilíbrio que Ana Isabel Cabo procurou analisar neste livro a partir de cerca de duas centenas de notícias publicadas no jornal Público ao longo de um período de quatro anos (1999-2003). No fundo, procurou perceber como é construída a imagem final daqueles movimentos (e de uma forma mais ampla dos novos movimentos sociais) a partir do confronto entre a mensagem que querem difundir e aquela que são ‘‘obrigados’’ a construir. A autora quis perspectivar até que ponto os Movimentos Antiglobalização conseguem marcar a agenda mediática, impondo-se como actores relevantes num espaço público global.

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