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Este livro surge do desafio de compilar e rever os vários artigos de opinião, sobre Política de Saúde, publicados nos últimos três anos no «Diário de Coimbra», na «Revista da Ordem dos Médicos», no boletim informativo do SMZC («Esculápio») e no sítio...

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Descrição

Este livro surge do desafio de compilar e rever os vários artigos de opinião, sobre Política de Saúde, publicados nos últimos três anos no «Diário de Coimbra», na «Revista da Ordem dos Médicos», no boletim informativo do SMZC («Esculápio») e no sítio «MGFamiliar.Net», acreditando que estão ainda muito actuais e com profunda ligação aos cuidados de saúde primários (CSP), às unidades de saúde familiar, ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e à saga que os portugueses vivem hoje. Esta obra destina-se a toda a gente: profissionais de saúde e cidadãos anónimos. E não é uma mera apresentação de diagnóstico sobre a Política de Saúde dos últimos três anos. É, sim, um manifesto, pela necessidade de se apostar na boa governação de um SNS público, baseado em CSP fortes e abrangentes, considerando que a totalidade da população deve ter à sua disposição uma equipa de saúde familiar de proximidade. Vivemos tempos de premência em dizer não ao pessimismo, ao financiamento público de mais hospitais privados, bem como ao parco investimento nos CSP e à diminuição da qualificação da Administração Pública (AP). Sem neutralidade, assumo que existe uma vida atrás de mim dedicada à causa pública, com registos escritos e divulgados que me responsabilizam, criando-se um eventual conflito de interesses. Ou seja, o autor é defensor, dentro do SNS, de organizações simples (organizações positivas e democráticas) que prestam contas, que sejam discriminadas positivamente e que fomentem a criação de Comunidades de Práticas (CoP). Acredita num SNS que cuida de todos, com qualidade. E que não desperdiça os nossos impostos, sendo eficiente. Seleccionei as diversas matérias abordadas em sete capítulos, começando pela dicotomia entre um «SNS moderno» "versus" a «Troika e a privatização», registando o percurso da "Troika" na Saúde e um balanço da política de destruição do SNS, por parte do Governo (no período de 2012 a 2015), em que se destaca a defesa de mais mercado e de menos Estado. Sobretudo, com a transferência de camas públicas para os hospitais privados e misericórdias. Depois, entramos directamente na área que deveria merecer mais importância no SNS: os ACeS e as suas unidades funcionais. Percebendo-se, em sete constatações, que os governos e, por vezes, os "media" continuam a apostar tudo nos hospitais, deixando os CSP para segundo plano, como parente pobre de uma gestão moderna e responsável. No terceiro capítulo, dá-se destaque à marca genuinamente portuguesa e de sucesso confirmado internacionalmente: as USF, como organizações positivas e democráticas que fazem mais, melhor e a melhor preço. E os cidadãos reconhecem! Todavia, sabemos que a construção de novos projectos como estes - em que se salvaguardam valores humanos fundamentais e se qualifica a causa pública - exige atenção sobre os desafios futuros. De seguida, recordo o enquadramento geral da avaliação de desempenho nas organizações de Saúde e a cultura que deve ser implementada para que seja possível apostar numa verdadeira discriminação positiva (em equipa e não individualmente), introduzindo (como causa e efeito) a cascata da avaliação. Por falar em avaliação de desempenho, recorda-se um "Conto de criança" intrínseco à selecção dos «mais competentes» nos concursos para dirigentes da AP, via CReSAP (Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública). O quinto capítulo centra-se em propostas concretas sobre o que deveria ser a estratégia de futuro para desenvolver ainda mais a Medicina Geral e Familiar, procurando enquadrar a questão cronicamente prometida de «Médicos de família para todos», contrapondo-se com uma proposta inovadora de «Equipa de Saúde Familiar para todos». O antepenúltimo capítulo aborda as propostas relativas a um novo ciclo para a Reforma dos CSP, tendo por base o trabalho liderado pela USF-AN (Unidades de Saúde Familiar - Associação Nacional). Por fim, no sétimo capítulo, não querendo terminar como iniciei - ou seja, permanecer na Política de Saúde -, deixei de lado as grandes posições ideológicas e centrei-me no quotidiano de uma unidade de saúde portuguesa, a USF Serra da Lousã. E desenvolvi o que deve ser um verdadeiro plano de gestão clínica, centrado na Governação Clínica e de Saúde, a implementar em qualquer unidade de saúde do SNS. Nos sete capítulos que constituem o presente livro, existem, como disse, algumas reflexões e propostas formuladas durante os últimos três anos. Contudo, constato que, no âmbito global, as ideias então expressas continuam actuais, visto que a aposta no desenvolvimento dos CSP terá de continuar com as próximas gerações. João Nunes Rodrigues

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