A Primeira República e os Conflitos da Modernidade (1919-1926)
Propomos uma hipótese de inteligibilidade do período terminal, aparentemente caótico, da Primeira República: à semelhança de outros países europeus, a especificidade dos anos 20 portugueses reside num fenómeno de polarização política da sociedade, na...
Saiba maisDescrição
Propomos uma hipótese de inteligibilidade do período terminal, aparentemente caótico, da Primeira República: à semelhança de outros países europeus, a especificidade dos anos 20 portugueses reside num fenómeno de polarização política da sociedade, na mobilização e organização de forças mediante os quadrantes da esquerda e da direita modernas. À luz desta linha interpretativa, avançamos com um estudo exploratório onde se evidencia o processo de autonomização da esquerda republicana, bem como a existência de um bloco radical, agregando diversas manifestações do fenómeno de polarização à esquerda. Esperamos demonstrar que o ocaso do regime republicano não foi um mero caso de definhar de idiossincrasias políticas anómalas, nem as atribulações dos anos de 1919 a 1926 foram meros figurinos de conteúdos antigos e decadentes, mas sim a expressão de novos modelos políticos que se insinuavam. Em Portugal, como na maioria dos países europeus, o modelo ditatorial venceu, perdurando aqui durante quase meio século, cristalizado no regime do Estado Novo. A compreensão da contemporaneidade portuguesa depende do estudo e conhecimento da história da Primeira República do pós-guerra e dos conflitos da modernidade.
Detalhes
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Editora:
Caleidoscópio -
ISBN:
9789896581244
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Edição:
12-2009
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Páginas:
128
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Idioma:
Português