As Paralelas Assimétricas

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Um prefácio, como palavras prévias de uma obra literária, não deve ter funções críticas ou interpretativas e, muito menos, de orientação a quem se propõe saborear um livro em momentos de entrega e apaziguamento.Por isso, esta nota introdutória serve apenas...

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Descrição

Um prefácio, como palavras prévias de uma obra literária, não deve ter funções críticas ou interpretativas e, muito menos, de orientação a quem se propõe saborear um livro em momentos de entrega e apaziguamento.Por isso, esta nota introdutória serve apenas de apresentação à segunda colectânea de contos de Lina Céu, ou melhor de narrativas, já que, à semelhança do primeiro volume - «Histórias de Cá e de Lá» -, não tendo a estrutura do conto, tal como a concebemos, nos mostra aspectos descritivos de acontecimentos e vivências no tom coloquial de um informal diálogo com o leitor.Não sendo uma obra para ser lida em momentos lúdicos de passar o tempo, ela leva-nos por caminhos em que o pensamento emerge da rotineira letargia e vai até onde a razão nos concede o engenho do sonho e da evasão.Dúvidas psicológicas, enredando-nos numa tela policromática (ou não fosse Lina Céu uma pintora), conduzem-nos pelos sinuosos artifícios do inexplicável e da ideação subjacente à descoberta do destino, do acaso ou das soluções mais metafísicas, porventura sobrenaturais.O leitor é colocado pela autora na posição de quem tenta descodificar e resolver os temas oferecidos por Lina Céu, nas dúvidas e sortilégios que nos propõe. Como uma teia envolvendo o esotérico mundo da imaginação e da autobiografia, os exercícios ficcionistas de avanços e retrocessos desta obra tornam-na numa assimétrica intimidade no mundo que nos rodeia e onde vivemos.Lina Céu, ao contrário de quase todos os ficcionistas que procuram na poesia o êxtase dos seus problemas mais existenciais, alimenta esses problemas com a prosa de um modo tão subtil como inconformista.A autora, com este livro, procura no leitor um cúmplice para as suas próprias congeminações. E consegue-o com a arte que lhe conhecemos nas obras que, entretanto, vai colocando à nossa disposição.Joaquim Manuel Pinto Serra(médico psiquiatra e escritor)

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