«Virgínia do Carmo oferece-nos neste livro matéria para pensar nestes seus nove contos, que não se adivinham trágicos pelo título, mas são. a autora segue a narrativa breve do conto, mas a sua capacidade poética sobrepõe-se muitas vezes à sequência narrativa. A dor, nas suas várias formas e nas diversas fases da vida, é omnipresente. Mas a esperança assoma desde o primeiro conto e explode no final. que uso fazer da dor? No estrato simbólico do livro, que é a tragédia, representam-se situações muito pesadas que precisam de um lenitivo, tal como precisa o leitor, que partilha pela leitura desse fardo pesado. Que se procura quando tudo se perde? Onde achar essa luz, essa esperança? A resposta vem subtilmente no nono conto, e até os números estão unidos a ela.» Maria Teresa Dias Furtado