No Labirinto Messiânico de Fernando Pessoa

Wook 14 € Comprar

«Perdi-me dentro de mim,Porque eu era labirinto,E hoje, quando me sinto,É com saudades de mim.»Mário de Sá-CarneiroTentar compreender e interpretar Fernando Pessoa é confrontar-se com o enigma e com o mistério. O pensamento messiânico do Poeta-Vate é...

Saiba mais

Descrição

«Perdi-me dentro de mim,Porque eu era labirinto,E hoje, quando me sinto,É com saudades de mim.»Mário de Sá-CarneiroTentar compreender e interpretar Fernando Pessoa é confrontar-se com o enigma e com o mistério. O pensamento messiânico do Poeta-Vate é um tecido de patências, problemas e enigmas — três formas de conhecimento a que o ser humano pode aceder com as suas faculdades cognoscitivas. Mas, perante o mistério, ele esbarra na parede do incognoscível. Para além desse muro, fica o espaço da incognoscibilidade, gerador da correspondente inacessibilidade gnósica do Princípio Supremo.A ideia de labirinto encontra-se ligada à arte da arquitectura. O labirinto foi, efectivamente, na Antiguidade, uma construção, tão complexa e intrincada no seu interior que não pudesse sair dele, ou tivesse dificuldade imensa em fazê-lo, aquele que lá entrasse. Houve vários. O mais célebre é o labirinto de Creta, construído por Dédalo, por ordem do rei Minos, para encerrar o Minotauro.O labirinto teria uma única saída, dificílima de encontrar. A ideia instalada é que essa saída não coincidia com a entrada. A solução encontrada por Ariadne, ensinada pelo próprio Dédalo, contraria esta ideia, pois a saída acabava por ser a entrada. Foi Dédalo que ensinou Ariadne. Aquele que construiu o labirinto é que sabia como sair dele. No labirinto de Fernando Pessoa, sigamos a Fernando Pessoa, como nosso Dédalo.

Detalhes

Este site utiliza cookies para lhe proporcionar uma melhor experiência de utilização. Ao navegar no site consente a utilização dos cookies. Saber mais