O autor propõe num breve ensaio um itinerário reflexivo a propósito da sua própria experiência do silêncio, em larga medida descoberta e vivida nos seus itinerários de peregrinação. O silêncio, lido sempre a partir da experiência pessoal do autor, surge como uma descoberta, um tomar de consciência que acontece precisamente no Caminho. O autor converte a sua própria casa como um espaço de acolhimento, à imitação dos mosteiros medievais. Nela - na casa e na vida - não há oposição mas tensão criadora entre acção e contemplação, entre silêncio e palavra, entre retiro e hospitalidade.